Sonetos de um outono ao sul do Rio Uruguai

Em "Chegada", primeira parte do livro, se evidencia o fasc璯io daquele que desceu ?mais austral capital do pa疄 e nela se encontrou com um outono - dourado, 滵bar, gren?- e com os elementos que o comp髊m. O levantar do astro-rei ?diferente e, com seu odor almiscarado, banha reticentemente a terra, os tijolos vermelhos e amarelos dos pr嶮ios, o pr鏕rio c徼 de tulipas e rosas. Revelam-se, ademais, tra蔞s indissoci嫛eis da cidade: cais de antigos sons, hotel rosado, gas獽etro, Cidade Baixa, Moinhos de Vento. E, ?nessa etapa, que o poeta se encontra com sua musa.

Em "Conflu瘽cia", a musa conduz o poeta pela m緌 atrav廥 da fria ventania e o leva ?sua casa, onde tudo a revela: o vermelho das azaleias, a sala aveludada, o vinho tinto, a lenha em brasa. Em meio a notas de piano e a sussurros de contrabaixo, bot髊s de blusas se abrem e c嫮idos refios convidam ?entrega. Come-se e bebe-se o sabor da noite e, no outro dia, uma perfumada manh?de uvas e morangos lhes sorri.

Em "Caminho" eles partem numa viagem de sil瘽cio de estrada, de cheiro de caf? de c徼s extra-bruts. Ele a acompanha at?a cicatriz aberta em flor, e ela lhe revela o matiz do Iju?na pr鏕ria pele. Xales e mantas para o frio, len踠is incendiados, mil estrelas vistas do mirante: tudo comp髊 um lugar ao sul do Rio Uruguai.

Em "Confiss緌" se aproxima o fim da esta誽o, um abismo de verdade e de olhos marejados. O outono amea蓷 por adeuses transformar-se em p? em lembran蓷s, em passado. Mas o que fazer quando o que se viveu j?est?em tudo o que se v?- do brilho do sol 跴 cuias de mate? Que caminho se deve tomar?

Beba e coma deste livro, e tome tua pr鏕ria decis緌.