Me perdendo para te encontrar

Eu me chamo Beatriz Silverstein, l獮er de uns dos maiores conglomerados de energia, minera誽o e log疄tica do mundo.
Fui consagrada a mulher mais jovem a liderar e bem suceder financeiramente. Por幦 minha vida n緌 come蔞u em um ber蔞 de ouro. N緌 tive pai ou m綣 e n緌 frequentei escolas particulares, n緌 andei com roupa da tima tend瘽cia, sequer tive meu carro aos 16 anos como a grande maioria.
Depois de muitos anos, consegui com afinco montar meu pr鏕rio neg鏂io. Da?em diante, foi como pegar um elevador e come蓷r a subir e subir, sem saber aonde ele me levaria ou qu緌 alto chegaria. At?agora debrucei, abracei meu trabalho, porque, se parar, sinto que irei sucumbir ao meu cora誽o e minhas profundas feridas. Acredite quando digo que, n緌 foi e n緌 ?f塶il, por幦 se voc?pensa que isso me satisfaz, todo esse dinheiro, essa cobertura, est?completamente enganado. Tudo isso me deixa vazia, mais do que se pode imaginar.

Me chamo Arthur Casablanca, estudei Medicina na faculdade, no meu timo ano de resid瘽cia tive que desistir da especializa誽o por causa da Monalisa. Minha ex-mulher teve um surto e nos deixou. N緌 a julgo, de verdade, tudo bem n緌 me amar. Mas como n緌 amar aquela coisinha t緌 pequena, t緌 indefesa? Por esse motivo, tive que desistir de tudo. N緌 dava para conciliar, vivia mais no hospital do que em casa, talvez seja por esse motivo que tudo pareceu t緌 pesado para a m綣 da Lisa. Minha filha nunca foi um empecilho. Eu a amei desde o primeiro dia em que a segurei nos bra蔞s e at?hoje n緌 consegui dar tudo o que ela merece. Quando sa?de casa, fui trabalhar em casas noturnas como seguran蓷. Fiz isso por muito tempo para que pudesse ajudar a cuidar das necessidades b嫳icas de uma crian蓷 que aos 3 meses foi deixada somente com o pai. Quando pedi ajuda ?minha irm? ainda n緌 tinha a dimens緌 da responsabilidade que estava colocando nas costas dela, e agora vivo pensando em um jeito para que ela possa viver a vida dela, tenha namorado, saia com amigos, que n緌 tenha que me carregar nas costas.
N緌 aguento ver as pessoas ao meu redor se machucando: minha ex-mulher, parece que eu n緌 consegui am?la o suficiente; minha irm? que eu elegi como m綣 da minha filha; minha menina, que sorri todos os dias se preocupando se vou sorrir tamb幦.

Beatriz e Arthur dois mundos diferentes, que ir緌 se colidir, ser緌 eles capazes de superar as diferen蓷s, o passado, as magoas?

- Existem duas margens no rio das nossas vidas. E uma ponte chamada amor nos ligando. Meu mundo ?simples, voc?n緌 precisa muito para entender e aprender, afinal nasceu do mesmo lado que eu. O outro lado ?tremendamente grande e muitas vezes inacess癉el para mim. Ser?que essa ponte que nos liga ser?o suficiente para te trazer para o meu lado? Ser?que voc?ser?capaz de se desvencilhar de certas coisas para poder atravess?la?
- Arthur, n緌 estou entendendo. Por favor, o que voc?est?tentando me dizer?
- Esquece, Bia. Se n緌 entende o que eu digo ?porque n緌 consegue sentir o que estou sentindo - ele se virou para olhar pela janela e eu me mantive em p? encarando-o, pensando se deveria dizer o que entendi ou n緌. Ele continuou:
- Meu medo de te perder foi t緌 grande... O ar parecia pesar toneladas, meu cora誽o n緌 cabia em meu peito de tanta dor. Vi minha filha com os olhinhos tristes, suplicando para que voc?ficasse bem. Minha irm?tentando ser forte quando estava pior do que eu. E, desde que voc?voltou, a ica coisa que eu vejo ?sua sede por vingan蓷 na sua empresa, no seu imp廨io e....
- Isso ?dif獳il para entender porque voc?sempre teve tudo, Arthur, e continua tendo. Como eu disse, n緌 tenho nada nem ningu幦, s?aquilo que conquistei com o trabalho duro que fiz at?hoje.
- E o que n鏀 somos para voc? Bia?